E quem não gosta de terapia?
- Melissa Tavares
- 1 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jan. de 2022
O Grupo de Pais não se confunde com a análise individual nem com ela concorre. São trabalhos diferentes. É comum que pessoas resistentes ao processo analítico tradicional gostem da proposta de psicoterapia em grupo. Também é frequente que a participação em um grupo aconteça em paralelo ao processo de análise individual.
O compartilhamento feito pelos demais membros ajudam na formação de vínculo e confiança, assim como faz com que não haja um centro permanente, com foco em apenas uma pessoa.
O Grupo de Pais, por ser voltado às questões da parentalidade, levanta questões que são comuns a todos e perceber como outras pessoas estão passando pelas situações desafiadoras nessa dimensão da vida promove uma compreensão mais ampla e possibilita trocas enriquecedoras.
Sobre essa questão, tivemos um depoimento muito bacana de um pai sobre sua participação no grupo, que compartilho abaixo:
Aceitei de livre e espontânea pressão participar dos quatro encontros propostos pela Melissa, nossa amiga de tempos, para trocar ideias e experiências do que seria ser pais de adolescentes em tempos tão atípicos. Lutando contra mim mesmo e contra toda a dificuldade que tenho em me transformar em um ser sociável, fui. Já no primeiro encontro, sem o mínimo esforço, consegui me desvencilhar da má vontade que sempre tive com terapias corporais. O trabalho da Patrícia, a Paty, é simplesmente fantástico. Sem nos forçar a nada, ela consegue, com a tranquilidade que lhe é peculiar, nos conduzir a dimensões até então desconhecidas. Para mim então, que não conseguia nem fechar os olhos em exercícios propostos anteriormente, foi uma agradável surpresa. Muito boa mesmo. Melissa, querida amiga, e Vera, que até então não conhecíamos, conduzem com conhecimento e leveza questões sensíveis das relações parentais, desmistificando tabus e, em certos casos, até alguns traumas. Traumas esses que, depois desse olhar atento e, porque não dizer, gentil, tornaram-se até risíveis. O respeito e a empatia que se instalaram no grupo que formamos fez com que os encontros transcorressem em tom de alegria. Vimos que aqueles “problemas intransponíveis “ que tínhamos, na verdade, eram comuns a todos, cada qual com suas nuances e paleta de cores. E assim, em clima de total cordialidade, pudemos emprestar uns aos outros nossas experiências, nossas aflições, nossos sorrisos. Ao final do último encontro, na semana passada, ficamos todos com um sentimento de saudade. Alguém sabe dizer onde nosso amigo Jung poderia ser encontrado?

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